A expectativa dos times brasileiros na Copa do Mundo de Clubes
Quando o calendário marca junho, e você percebe que tem quatro times brasileiros embarcando para representar o país na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, o coração bate diferente. É a gente querendo mostrar que o nosso futebol ainda pulsa, ainda encanta, ainda assusta. Porque, sejamos honestos, não importa se você é palmeirense, flamenguista, botafoguense ou tricolor: quando chega o Mundial, você torce por todos eles. Talvez não com o mesmo fervor, mas há um fio invisível que nos liga quando o adversário veste outra bandeira. A partir do dia 14 de junho, os olhos do mundo se voltam para os Estados Unidos. E lá estarão eles: Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo. Todos vestindo o nosso futebol, carregando a nossa esperança, enfrentando gigantes e tentando provar, uma vez mais, que o Brasil não entra só para participar. Neste artigo, vamos olhar com calma, técnica e paixão, os primeiros passos de cada um desses quatro clubes. Porque entender o jogo é também uma forma de torcer. E se você ama futebol, sabe bem que cada detalhe pode fazer a diferença. 1 → Palmeiras x Porto: duelo de pesos pesados Camisa é uma coisa que pesa. E no dia 15 de junho, ela vai ter toneladas. O Palmeiras estreia no Mundial de Clubes da FIFA contra o Porto, às 19h (horário de Brasília), no MetLife Stadium, em Nova Jersey. Um palco imponente para um confronto de respeito, daqueles em que qualquer detalhe pode escorregar entre os dedos e decidir tudo. Abel Ferreira chega com um elenco maduro, acostumado a decisões. Não é o Palmeiras do brilho individual, e sim o da engrenagem precisa: a compactação sem bola, a inteligência nos espaços e a paciência para castigar no momento certo. O Verdão sabe sofrer. E isso vale ouro em torneios curtos. O Porto, por outro lado, é um time cascudo em cenário europeu. Embora tecnicamente inferior a outros nomes do torneio, carrega a tradição de um clube que raramente entrega um jogo fácil. Marca forte no meio, aposta em transições velozes e sabe usar a bola parada como arma, principalmente nas diagonais ofensivas e escanteios. O duelo vai ser travado no setor central do campo. O Palmeiras precisa manter o controle ali, limitando o volume criativo do Porto e forçando o adversário a abrir mão da posse. Aníbal Moreno terá papel decisivo para fechar linhas e ativar rapidamente os pontas em profundidade. Outro ponto de atenção: a defesa alviverde tende a trabalhar com linha alta quando está no controle. Qualquer vacilo nas costas pode ser fatal, especialmente se o Porto conseguir atrair a marcação e inverter com velocidade. Em resumo, o Palmeiras estreia contra um time que pode parecer “mais leve” no papel, mas que exige maturidade, a mesma que levou o time até aqui. E se tem algo que esse Palmeiras aprendeu nos últimos anos, foi a carregar o peso da expectativa com naturalidade. 2 → Botafogo em solo americano: desafio em Seattle Início da madrugada, quase 23h no Brasil, e o sono dá lugar à ansiedade. O Botafogo estreia no Mundial de Clubes da FIFA diante do Seattle Sounders, no dia 15 de junho, no Lumen Field, casa dos americanos e uma das mais barulhentas da Major League Soccer. Jogar fora do fuso, com clima diferente e torcida adversária é um desafio que vai além das quatro linhas. Mas, o Fogão chega com moral. O título da Libertadores reacendeu o orgulho alvinegro. Comandado por Artur Jorge, o time vem se mostrando cada vez mais organizado e competitivo. O esquema varia entre 4-3-3 e 4-2-3-1, com laterais apoiando alto e meias móveis que constroem com inteligência. Jefferson Savarino, é um dos nomes que mais desequilibram com sua movimentação e capacidade de flutuar pelos lados. Savarino também cresceu de produção e tem feito boas partidas no Brasileiro. O adversário, porém, não é qualquer um. O Seattle Sounders é um time bem treinado e experiente. Campeão da Concacaf em 2022, aposta em um jogo de imposição física e velocidade. Cristian Roldán e Albert Rusnák são os motores do meio-campo, e Jordan Morris, que se recuperou de lesão, é uma ameaça constante nas costas da zaga. Além disso, o clube joga em casa, com um campo que conhece bem e uma torcida que faz barulho do primeiro ao último minuto. O ponto-chave para o Botafogo será o controle do meio. Se conseguir travar a saída do Seattle e evitar os avanços rápidos, o jogo tende a ficar mais cadenciado, o que favorece o time brasileiro, que tem mais recursos técnicos. A linha de defesa, por sua vez, precisa manter atenção redobrada às inversões e lançamentos longos, especialmente nas costas dos laterais. No ataque, o Fogão pode aproveitar os espaços deixados pelo Sounders quando sobe em bloco. A velocidade pelos lados pode ser decisiva e um gol cedo seria a chave para esfriar o ambiente. A estreia tem tudo para ser intensa. Não é um jogo fácil, mas também não é impossível. Com concentração e organização, o Botafogo pode dar um passo importante já no primeiro duelo. Porque quem chega com vontade de fazer história, não escolhe adversário, encara. 3 → Flamengo na noite da Filadélfia O torcedor do Flamengo já está acostumado com jogos grandes, mas quando o time entra em campo no Mundial, a história ganha outra dimensão. No dia 16 de junho, às 22h (horário de Brasília), o Rubro-Negro estreia contra o Espérance de Tunis, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia. É o início de uma jornada que sempre carrega expectativa, cobrança e, claro, a esperança de mais um título internacional. O Flamengo chega com um elenco forte, experiente e entrosado. Mesmo com algumas oscilações ao longo da temporada, o time de Felipe Luiz tem identidade. A posse de bola é dominante, os laterais sobem com frequência e o setor ofensivo oferece uma combinação de força, inteligência e criatividade. Na base do toque curto e movimentação, o Flamengo pressiona o adversário até encontrar o espaço. O Espérance, por sua vez, é