Oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes: o que esperar, palpites e favoritos
Demorou, mas as oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA estão chegando. Parece que foi ontem que começou o maior evento internacional de futebol depois da copa de seleções, mas o fato é que já encerramos a segunda semana da Copa, e com isso, tem coração de torcedor ficando apertadinho pelo que está por vir. Antes de destrincharmos os 8 jogos, vamos relembrar quem são os times que provaram seu valor. 1 → Os 16 sobreviventes O Verdão amarela ou continua? O Palmeiras de Abel Braga segue firme, depois de um empate arrancado no final do último jogo contra o Inter Miami, quando tudo parecia perdido. E pra quem pensa que ter dinheiro é sinal de vida mansa, o alviverde vai ter pela frente um dos maiores desafios de nível internacional, com cara de Brasil: o Botafogo. Aquele que já se tornou o maior algoz do verdão, vem com a mesma gana que o seu adversário, garantindo para ambas as torcidas um jogo valendo a vida. A chama do Fogão vai durar? O Botafogo vem pra esse duelo com um histórico melhor do que o Palmeiras, tendo perdido pro Atlético de Madrid, mas vencido o Seattle Sounders e nada mais, nada menos que o campeão da Champions League. É com isso que o Botafogo chega para enfrentar o Palmeiras, de peito estufado e a confiança de que tem mais do que o necessário para passar de Estevão e companhia. Agora fica a dúvida: é fogo de palha ou vai seguir incendiando quem passar na reta? Paris não caberá nesse estádio O PSG promete vir gigante para o confronto com o Inter Miami. A julgar pelo elenco e pelo retrospecto, não há como duvidar. O “time do Messi”, como muitos chamam, tem pela frente um gigante francês que na final da última Champions League tirou para nada o outro finalista, marcando 5 gols e provando ao mundo que esse caminhão já perdeu o freio faz tempo. E se ele vem embalado, tal qual um veículo desgovernado, também precisará calcular o impacto que isso pode ter contra ele mesmo, caso exagere. Já vimos muitos times completos ficarem expostos a ponto de tomarem gols em momentos cruciais do jogo. Pensando nisso, é preciso ficar atento, porque o time do Messi não vai desperdiçar uma chance sequer. Suarez, Jordi Alba, Allende… certeza que o time é do Messi? A gente sabe que a cara do argentino é muito mais marcante e reconhecida por seus feitos que outros jogadores. A questão é que um time que carrega Suarez, Jordi Alba, Allende, Ustari, Busquets, Cremaschi e… já foi quase o time todo, né? Pois é, agora me diga se esse time é só do Messi. É claro que o argentino é o maior talento dessa equipe, embora no último jogo tenha sido a estrela do Suárez que brilhou, mas achar que nada ali funciona sem ele é ser inocente o bastante para arriscar uma derrota. E a gente sabe que o futebol não perdoa vacilo. Olhar só para o Messi, mesmo quando se é campeão europeu, é dar brecha pra um time cheio de vontade chegar ao gol. Se a estrela argentina vai brilhar não se sabe, mas a luz de Miami vai ser vista de longe quando os dois times entrarem em campo no domingo. E o Mengão? Ah, o Mengão tá mais solto que arroz de vó Com o perdão da piada de tiozão, a gente precisa falar do elefante na sala. Um elefante carioca com toneladas e mais toneladas de talento, vontade e muitas chances de avançar para as quartas se souber aproveitar as oportunidades e, acima de tudo, se fechar contra o rolo compressor alemão. O Flamengo, mesmo oscilando aqui e ali, chega com um dos elencos mais caros da América do Sul e com um estilo de jogo que, quando encaixa, parece uma sinfonia. Agora, enfrentar os bávaros não é como jogar uma semifinal de Copa do Brasil. É pressão o tempo inteiro, e um erro pode custar caro. A diferença aqui vai estar na frieza pra aguentar o tranco e no brilho individual de peças como Arrascaeta, Pedro e Gerson, que podem fazer a diferença num jogo que promete ser digno de final antecipada. Munique veio para guerra Quando o Bayern estreou na Copa do Mundo de Clubes, mais parecia uma locomotiva sem freio. Passando por cima do semiprofissional Auckland City com 10 gols, 31 finalizações e 1 hat trick de Musiala, o panzer Bávaro atropelou qualquer mínima probabilidade (se é que existia) do adversário reagir, deixando todo mundo boquiaberto. Não foram os 10 gols contra um time semiprofissional que impressionaram. A vitória era certa desde o início, até para quem não entende nada de futebol. O que chocou foi ver um time muito superior não tirar o pé do freio em momento algum. Para alguns, crueldade. Para outros, a prova sólida de que o time de Munique não iria perdoar nenhuma falha ou desatenção de qualquer que fosse os adversários. Isso, meus amigos, é a definição de um time que veio para ganhar. E é isso que esperamos ver no domingo, quando os alemães baterem de frente com o Flamengo. Faísca, fogo, tiro, porrada e bomba. E gols, porque para um jogo desses, seria um pecado capital as redes não balançarem em 90 minutos. De cavalo manco a cavalo de corrida Sejamos sinceros, ninguém esperava muito do Chelsea quando a bola rolou. O time vinha de uma temporada tropeçando em casca de banana na Premier League, mas parece que a Copa do Mundo de Clubes mexeu com o orgulho dos azuis de Londres. Passaram com mais competência do que brilho, mas chegaram. E agora é jogo grande. Do outro lado, o Benfica, que trouxe emoção em todos os jogos e mostrou que ainda sabe ser copeiro. Só que encarar um Chelsea embalado, que reencontrou seu eixo defensivo e parece estar lembrando como se faz gol, não é tarefa fácil. Se levarmos em conta que o