Foram anos imaginando como seria o novo formato, a quantidade de clubes participantes e todos os detalhes, e agora, a hora chegou.
Estamos a poucos dias do início de um evento esportivo de proporções épicas.
A Copa do Mundo de Clubes da FIFA está chegando e trazendo com ela os 32 melhores times do planeta, preparados para disputar uma oportunidade única de entrar para a história.
As cortinas da Copa do mundo de clubes irão se abrir, então se acomode, pois temos pela frente um mês inteiro do melhor que o Futebol tem pra nos oferecer.
1 → O que é a Copa do Mundo de clubes da FIFA?
Vamos começar pelo básico, supondo que você tenha caído de paraquedas no universo do futebol.
Quando pensamos em Copa do Mundo, é impossível não lembrar da seleção brasileira, das figurinhas, dos hinos, das zebras históricas e de craques eternos.
Agora, nos bastidores da FIFA, há anos existia um outro projeto ambicioso: criar uma versão “mundial”, só que para clubes.
Eu sei, eu sei, não é exatamente uma ideia lá muito nova. Acontece que agora, finalmente, vai sair do papel com força total.
A Copa do Mundo de Clubes da FIFA é um torneio internacional entre equipes campeãs dos continentes.
O conceito é reunir em uma mesma competição os vencedores das principais ligas continentais (como a Champions League, Libertadores, Liga dos Campeões da Ásia, etc.), em um verdadeiro confronto de gigantes, onde o Real Madrid pode cruzar com o Flamengo, e o Al Ahly pode surpreender o Manchester City.
Até então, essa “copa do mundo dos clubes” já existia, mas em um formato compacto, quase simbólico, com sete times disputando um mata-mata rápido no final do ano.
A audiência era modesta, e o interesse do público (e das próprias equipes europeias) deixava a desejar.
Mas a FIFA não desistiu da ideia.
Em 2025, nasce uma nova versão do torneio, mais robusta, com 32 times, mesmo número da Copa de seleções até pouco tempo atrás, e com a clara ambição de se tornar o evento mais importante do futebol de clubes em escala global.
Mais do que uma competição, a Copa do Mundo de Clubes da FIFA quer ser um espetáculo de alto nível técnico, com grandes marcas envolvidas, grandes torcidas mobilizadas e é claro, com muita grana girando.
A FIFA vê nesse projeto a chance de globalizar ainda mais o futebol e, convenhamos, também uma oportunidade de capitalizar em cima de uma paixão que não tem fronteiras.
Afinal, enquanto a Champions é europeia e a Libertadores é sul-americana, a Copa do Mundo de Clubes promete ser universal.
2 → Qual a diferença entre o formato antigo e o novo?
Se você já acompanhou uma final entre um time sul-americano e um europeu no Japão, Emirados Árabes ou Marrocos, provavelmente em dezembro, num torneio que durava menos de duas semanas, então você já viu a versão antiga da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.
Esse formato tradicional, vigente desde 2005, reunia 7 clubes:
- Os campeões de cada continente (Libertadores, Champions League, Liga dos Campeões da Ásia, etc.);
- O campeão do país-sede (pra dar aquela força na bilheteria);
E pronto. Era uma espécie de Copa relâmpago com quartas, semis e final.
Era legal? Era.
Era relevante? Até certo ponto.
Tinha clima de Mundial? Quase nenhum.
O grande problema é que o formato antigo não convencia os europeus e não envolvia o público global como a FIFA queria.
Muitas vezes, os clubes da Europa tratavam o torneio como um “amistoso de luxo”, enquanto sul-americanos viam nele uma obsessão.
O desequilíbrio era evidente.
Agora, em 2025, a proposta muda radicalmente.
O novo formato: mais robusto, mais global
A nova Copa do Mundo de Clubes terá:
- 32 clubes participantes
- Fase de grupos + mata-mata, igualzinho à antiga Copa de seleções
- Duração maior, de 14 de Junho até 13 de julho.
- Um número bem maior de jogos e de visibilidade midiática.
O que antes era um “mata-mata de campeões”, agora é um Mundial completo, com clubes se enfrentando em uma espécie de mini-copa com cara de Champions, Libertadores e Premier League tudo junto.
O que isso muda na prática?
A competição ganha peso real. Não será mais um torneio de fim de temporada, mas um evento planejado e disputado com intensidade e ansiedade.
Os clubes vão precisar de elencos mais preparados, já que o nível técnico será altíssimo. A audiência cresce e com ela, os investimentos, as apostas, o apelo comercial, as torcidas globais.
A nova versão quer dar ao futebol de clubes um palco tão grande quanto o das seleções.
É a FIFA tentando equilibrar a balança entre paixão nacional e paixão clubista e, claro, lucrar dos dois lados.
3 → Quais os times da Copa do Mundo de Clubes da FIFA
Com o início do torneio marcado para 14 de junho de 2025, nos Estados Unidos, a FIFA confirmou os 32 clubes participantes da primeira edição expandida da Copa do Mundo de Clubes.
As equipes foram distribuídas em oito grupos, conforme o sorteio realizado em dezembro de 2024.
Grupo A | ||
Clube | País | Critério de Classificação |
Al Ahly | Egito | Camp. da Liga dos Campeões da CAF 22/23 |
Inter Miami | EUA | País Sede |
Palmeiras | Brasil | Campeão da Libertadores 2021 |
Porto | Portugal | Classificado pelo Ranking |
Grupo B | ||
Clube | País | Critério de Classificação |
Atlético de Madrid | Espanha | Classificado pelo Ranking |
Botafogo | Brasil | Campeão da Libertadores 2024 |
PSG | Brasil | Classificado pelo Ranking |
Seattle Sounders | EUA | Camp. da Liga dos Campeões da CONCACAF 2022 |
Grupo C | ||
Clube | País | Critério de Classificação |
Auckland City | EUA | Camp. da Liga dos Campeões da Oceania |
Bayern de Munich | Brasil | Classificado pelo Ranking |
Benfica | Portugal | Classificado pelo Ranking |
Boca Juniors | Argentina | Classificado pelo Ranking |
Grupo D | ||
Clube | País | Critério de Classificação |
Chelsea | Inglaterra | Camp. da Liga dos Campeões 2020/2021 |
Espérance | Tunísia | Classificado pelo Ranking |
Flamengo | Brasil | Campeão da Libertadores 2022 |
Los Angeles FC | Argentina | Classificado no playoff com o América-MEX |
Grupo E | ||
Clube | País | Critério de Classificação |
Inter | Itália | Camp. da Liga dos Campeões 2020/2021 |
Monterrey | Tunísia | Classificado pelo Ranking |
River Plate | Argentina | Classificado pelo Ranking |
Urawa Reds | Japão | Camp. da Liga dos Campeões da Ásia 2023 |
Grupo F | ||
Clube | País | Critério de Classificação |
Borussia Dortmond | Alemanha | Classificado pelo Ranking |
Fluminense | Brasil | Campeão da Libertadores 2023 |
Sundowns | África do Sul | Classificado pelo Ranking |
Ulsan Hyundai | Coreia do Sul | Classificado pelo Ranking |
Grupo G | ||
Clube | País | Critério de Classificação |
Al Ain | Emirados | Camp. da Liga dos Campeões da Ásia 2024 |
Juventus | Itália | Classificado pelo Ranking |
Manchester City | Inglaterra | Campeão da Liga dos Campeões 2022/23 |
Wydad AC | África do Sul | Camp. da Liga dos Campeões da CAF 21/22 |
4 → Expectativas
Com o torneio prestes a começar, a expectativa em torno da primeira edição ampliada da Copa do Mundo de Clubes da FIFA atinge níveis altíssimos.
E não é para menos, estamos falando de um evento que coloca lado a lado campeões da Europa, América do Sul, Ásia, África, América do Norte e Oceania em uma disputa com estrutura de Copa do Mundo de seleções.
O que antes era um torneio de poucos jogos e audiência modesta agora assume status de evento global, com potencial para transformar o calendário do futebol.
Um torneio com cara de Copa
A fórmula com 32 clubes distribuídos em 8 grupos aproxima o evento do formato tradicional das seleções, o que aumenta não só o engajamento do público como também a complexidade estratégica dos jogos.
Cada ponto será disputado com intensidade, afinal, não há margem para erro quando o grupo tem Chelsea, Flamengo e LAFC brigando por duas vagas.
Além disso, as possibilidades de confrontos inéditos despertam o interesse até mesmo de quem não acompanha clubes fora do próprio país.
O fã que sempre quis ver Palmeiras x Real Madrid ou River Plate x Manchester City agora tem essa chance.
Para os clubes: exposição, pressão e oportunidade
Para clubes da América do Sul, África e Ásia, o torneio representa uma vitrine única.
Nunca antes houve um palco com tanta visibilidade internacional reunindo equipes de tantos mercados diferentes.
Para os clubes europeus, a pressão é outra: confirmar o favoritismo e justificar o peso dos seus elencos milionários.
Um torneio como esse também pode influenciar a janela de transferências.
Jogadores com boas atuações aqui podem despertar o interesse de clubes de outras ligas, algo muito semelhante ao que já acontece nas Copas de seleções.
Para os torcedores: emoção e maratona
Com 63 jogos ao longo de um mês, o novo Mundial se torna também um evento para acompanhar em ritmo de maratona.
A promessa é de futebol de alto nível todos os dias, cruzando continentes e fusos horários, o tipo de competição que vira assunto em rede social, bar, escritório e nas rodas de amigos.
E diferente das edições antigas, que geravam engajamento apenas na reta final, agora há todo um caminho a ser trilhado desde a fase de grupos, o que prolonga o interesse e aquece a audiência.
Para o mercado: bilhões em jogo
Com mais jogos, mais audiência, mais transmissões e mais patrocinadores envolvidos, é claro que há muito dinheiro girando.
A estimativa da FIFA é de mais de US$1 bilhão em premiações, além de contratos milionários com emissoras, marcas esportivas e plataformas digitais.
E não para por aí. Casas de apostas, agências de marketing esportivo e até clubes menores que fornecem talentos aos grandes também saem ganhando com o novo formato.
5 → Como as casas de apostas estão se preparando para esse evento
A Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 representa também uma oportunidade significativa para o mercado de apostas esportivas.
Com 32 equipes de diversos continentes competindo em 63 partidas ao longo de um mês, as casas de apostas estão se mobilizando para oferecer uma experiência abrangente e segura aos apostadores.
Um prêmio bilionário em jogo
A FIFA anunciou que o torneio distribuirá um total de US$ 1 bilhão em prêmios, com o clube campeão podendo receber até US$ 125 milhões, dependendo de seu desempenho ao longo da competição.
Este valor inclui bônus por vitórias na fase de grupos, progressão nas fases eliminatórias e o prêmio final.
Além disso, todos os clubes participantes receberão uma quantia base, variando conforme a confederação de origem.
Por exemplo, clubes europeus podem receber entre US$ 12,81 milhões e US$ 38,19 milhões, enquanto clubes da América do Sul receberão US$ 15,21 milhões cada.
Preparação das casas de apostas
Diante da magnitude do evento, as casas de apostas estão adotando diversas estratégias para atender à demanda:
- Ampliação de mercados → Oferecendo uma variedade maior de opções de apostas, desde resultados tradicionais até mercados específicos, como número de escanteios, cartões e desempenho individual de jogadores.
- Atualização de odds → Ajustando as probabilidades em tempo real, com base em análises estatísticas e desempenho das equipes, para refletir com precisão as chances de cada resultado.
- Promoções e bônus → Lançando campanhas promocionais específicas para o torneio, como apostas grátis, cashbacks e bônus de depósito, visando atrair e reter clientes durante o período da competição.
Compromisso com a integridade e segurança
Com o aumento do interesse e volume de apostas, as operadoras estão reforçando seus sistemas de segurança para garantir a integridade das apostas.
Isso inclui:
- Monitoramento em tempo real → Utilização de tecnologias avançadas para detectar padrões suspeitos e prevenir atividades fraudulentas.
- Parcerias com órgãos reguladores → Colaboração com entidades reguladoras e organizações independentes para assegurar conformidade com as normas e promover práticas de jogo responsável.
- Educação do apostador → Campanhas informativas para conscientizar os usuários sobre os riscos associados às apostas e promover o uso de ferramentas de autoexclusão e limites de depósito.
Expectativas para o mercado
A expectativa é que o torneio impulsione significativamente o volume de apostas, especialmente em mercados emergentes onde o futebol de clubes está ganhando popularidade.
A diversidade de equipes e estilos de jogo oferece aos apostadores uma ampla gama de oportunidades, tornando o evento um catalisador para o crescimento do setor.
6 → O impacto do torneio no calendário e no futuro do futebol de clubes
A ampliação da Copa do Mundo de Clubes da FIFA para um formato com 32 participantes é uma mudança pontual no cronograma esportivo e também uma quebra de padrão significativa na estrutura global do futebol de clubes.
Com a estreia se aproximando, o torneio inaugura uma nova fase, tanto no calendário quanto na lógica competitiva do futebol mundial.
Calendário cada vez mais apertado
O novo formato ocupa todo o mês de junho, tradicionalmente reservado às férias de atletas após temporadas longas nos campeonatos nacionais e continentais.
Isso pressiona os clubes a repensarem o planejamento físico e estratégico de seus elencos.
A carga de jogos se intensifica e o risco de lesões aumenta, especialmente para jogadores que também representam suas seleções em torneios como Eurocopa e Copa América.
Essa sobreposição já tem causado resistência de entidades como FIFPro (sindicato global de jogadores), que aponta preocupações sobre o bem-estar dos atletas.
Em comunicado de março de 2024, a entidade criticou abertamente a falta de diálogo por parte da FIFA ao inserir o novo Mundial em um calendário que já beira o insustentável.
O nascimento de um novo patamar de prestígio
Até aqui, a Champions League da UEFA era, sem contestação, o auge das competições de clubes.
Com a nova Copa do Mundo de Clubes, surge uma disputa simbólica de protagonismo.
Afinal, um torneio global, com campeões continentais e confrontos inéditos, carrega potencial para atrair patrocinadores de peso, audiências gigantescas e narrativas universais.
Ainda não é possível dizer se esse novo torneio irá rivalizar de fato com a Champions em termos de prestígio, isso dependerá do desempenho esportivo, da audiência e da adesão dos clubes europeus ao longo das próximas edições.
Mas o movimento é claro: a FIFA quer que este torneio seja, no mínimo, uma alternativa premium aos formatos tradicionais.
Mais dinheiro, mais pressão
A recompensa financeira — como já discutido — é bilionária.
Isso cria uma nova lógica de metas para os clubes.
Ser campeão continental já não é apenas uma honra regional, mas uma passagem para um evento global extremamente lucrativo, o que pode alterar a maneira como clubes sul-americanos, africanos e asiáticos encaram seus próprios torneios domésticos.
A pressão por estar entre os 32 escolhidos pode transformar o comportamento dos clubes, desde contratações até investimento em infraestrutura.
Times médios em mercados emergentes já começaram a redesenhar seus projetos de longo prazo, visando essa nova vitrine global.
Caminhos possíveis: inclusão ou distanciamento?
Por fim, a criação do novo Mundial pode levar o futebol de clubes a dois caminhos distintos.
Em um cenário otimista, ele impulsiona a globalização do futebol e fortalece o intercâmbio técnico entre continentes.
Em outro, menos ideal, acentua ainda mais a desigualdade entre clubes com acesso à elite financeira e os demais, especialmente se o torneio passar a acontecer com frequência maior.
Agora, uma coisa é certa: a edição de 2025 é o começo de algo muito maior. Um experimento ambicioso que pode redefinir não apenas o calendário, mas as próprias hierarquias do futebol de clubes nos próximos anos.
A Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 promete muito mais do que um novo torneio: ela simboliza uma mudança de era no futebol.
Com mais clubes, maior alcance e ambições globais, o evento desafia o calendário, mexe com as estruturas do mercado e inaugura possibilidades inéditas tanto dentro quanto fora de campo.
Agora, cabe ao futebol, e a quem o acompanha, decidir como aproveitar esse novo cenário.
De um jeito ou de outro, bola vai rolar, e o mundo vai assistir de camarote.